segunda-feira, 12 de abril de 2010

Carta de Despedida


Vivendo a espera do que não virá... Ilusões, sonhos perdidos... A escuridão tomou conta da minha alma, por isso eu me afogo.

Me afogo longe de ti, me perco entre a razão e a emoção... me confundo no querer...

Não tenho mais nada a dizer, porém necessito lembrar-te que tenho por ti imenso amor... Não quero que liguesmais, mas a espera de que o telefone toque e de que seja você é angustiante e diária... Não atenderei suas ligações, não mais... mas antes que perceba me pego dizendo "Alô"...

As horas do dia são em função de você, lembrar você, sentir você...

mas, me afogo... me afogo tentando afastar-te dos meus pensamentos, mergulho bem fundo nas mais diversas possibilidades de esquecimento... Desde uma tortuosa faxina em casa, até ouvir músicas em volume ensurdecedor... Quem sabe assim você não sai de vez da minha vida? Deixa em paz meus pensamentos?...

Queria fazer uma faxina dentro de mim, espanar o pó de você que há em mim... Tirar aquele pó que varri pra debaixo do tapete, pra quem sabe um dia lembrar você... Mas estás impregnado em mim... a poeira de você se alastrou pela casa toda... dificil de tirar... Preciso limpar-me, mas estás grudado em mim, minha alma... não sais de mim...

Eu não te quero mais, só te quero pra sempre... Pra te esquecer, só morrendo!


Rita de Cássia

domingo, 11 de abril de 2010

Hoje eu Morri um Pouco Mais...


Hoje eu morri um pouco mais...

Ao acordar arespiração estava falha, a alma fria, os olhos teimavam em permanecer fechados...

O sol estava sem forças pra aquecer, os seus raios eram de um vermelho fosco, quase que apagado... As nuvens que antes brancas de belas formas imaginadas, haviam desaparecido num céu menos azul que outrora...

Não havia o cantar dos pássaros, nem o farfalear das bosboletas... menos ainda as brincadeiras marotas e infantis dos gatos...

O silêncio interno apertava o peito, pesava a alma...

As horas demoravam a passar, como se os ponteiros do relógio fazendo birra pro tempo não quisesseem realizar o seu trabalho... Horas pesadas eno coração uma angústia sem fim... A alma sofrendo uma dor estranhamente fria...

Acho que é isso que acontece quando se morre a esperança!

O dia parecia não ter fim, o sorvete não teve sabor -você não estava ali -,o entardecer não tinha mais o mesmo encanto,as cores do arrebol estavam opacas, sem vida...

A noite não caiu com a graça do salto da pantera negra, a lua não quis agraciar a noite com seu brilho apaixonante e não apontou no céu, deixou o serviço para as estrelas menores e, a solidão para as Marias.

Triste Dia...

Triste Noite...

Com sorrisos espremidos e amarelos, um nó bem apertado na garganta, uma lágrima no coração... Lágrima de sangue, sim, porque hoje eu morri um pouco mais...

Inútil


Inútil é o meu canto, pois não vais me escutar, vais ouvir apenas... ou nem isso.

Sim! Existe diferença entre ouvir e escutar... ao ouvir não se guarda no peito, apenas se ouve... Ao escutar, atenta-se aos detalhes, se enculca na alma, se fixa no coração...

Inútil é meu pranto, pois não vais ver, vais olhar apenas... Quando se olha não se nota detalhes simples... Quando se vê, percebe-se o mínimo, a simplicidade dos sentimentos...

Assim, inútil é meu canto... e de nada serve meu pranto!

Sorria


Seu Sorriso é de Sol, sim, ele é de Sol...

A razão da minha triste poesia, do meu canto sentido... Lágrima cristalina do meu pranto...

Porque choro? É o que acontece quando o coração é espremido...

Porque canto? Por carregar em meu peito o lindo e mais puro amor do 'universo'...

Sorria pra mim... uma última vez... Sorria pra mim... como na primeira vez... Sorria pra mim... sorria apenas!

Definições de Você...


Sorriso de Sol;

Olhos d'Água;

A Voz é canção;

O Toque é poesia;

O Cantar é magia;

Os Defeitos, minha perdição...

Sorriso que aquece almas e derrete corações petrificados;

Olhos que acalmam e que atordoam, que apaixonam;

No falar ressoam as mais gentis notas musicais;

No tocar explosão de sentimentos, dosmais puros aos mais eróticos;

Seu canto...

Ah! Seu canto, inexprimíveis sensações ao ouvir... Privilegiado e abençoado quem ouve...

Nos seus defeitos... a minh'Alma se perdeu!

terça-feira, 30 de março de 2010

Nunca Fui Amada!!!


Não gosto de escrever, quer dizer, gosto, só não sou muito boa nisso mas, entre falar de sentimentos e escrever sobre eles... prefiro o segundo...

Estranho o título? Vou explicar já, já... Antes, digo que o amor é um bichinho esquisito, se apodera de coração alheio e faz uma bagunça na vida da gente...

O amor. Ah! O amor... quando chega não se deixa enganar, mexe com toda nossa estrutura - física, mental, emocional..., quem sente ou já sentiu sabe bem do que estou falando! O amor. Ah! O amor... bichinho sorrateiro, arteiro e fascinante! Esse é o amor. Ah! O amor!

Faz de ti um ser extremo... Extremamente amoraso, carinhoso, cuidadoso, feliz, ciumento, extremamente tudo!


Nunca fui amada!


Seus beijos me faziam tocar as estrelas, seu sexo me fazia flutuar e ir além, ao paraíso, seu amor me fazia sentir a única no mundo...

Me tocavas e fazias meu corpo estremecer, me olhavas e fazias com que eu fosse a única entre milhões, me falavas e a música nascia dentro do meu peito, inquietante, excitante, apaixonante...


Nunca fui amada!


Seu sorriso de sol iluminava minha vida em todos os momentos, até quando eu estava furiosa contigo... Seu sorriso de sol, acendia o meu até quando tudo me parecia perdido...

Seus olhos d'água molhavam-me a alma, saciavam minha sede, revitalizava meu ser exatamente quando eu mais precisava... Seus olhos d'água, d'água doce, que docemente tornava minha vida tão simples quando me parecia mais complicada...


Nunca fui amada... Reafirmo... Nunca fui amada como você me amou!!!


Rita de Cássia - 30/03/2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hoje eu queria


Hoje eu queria que o mar me levasse e, suas águas me enobrissem e que nas profundezas me deixasse...


Hoje eu pedi ao mar que levasse a minha alma de mim, mas, suas ondas, por mais que eu forçasse, me repeliam, me expulsavam de volta a areia...


Isso é injusto... Não tenho porto... Estou sem cais




By Rita de Cássia - 25 de março 2010